(Michael Crichton) Asas de Morte

Descrição:
O vôo 545 da Transpacific Airlines está sobrevoando o oceano Pacífico a 37 mil pés de altura. Sem apresentar qualquer problema desde a saída de Hong Kong, subitamente o avião perde o controle, entrando em mergulho. Alarmes soam, a tripulação entra em pânico, objetos ricocheteiam nas paredes da cabine e os passageiros são atirados no chão e contra as poltronas. Tudo dura menos de um minuto. E resulta em cinqüenta e seis feridos e três mortos.

Esse é o pano fundo do livro de Michael Crichton. Ao contrário do que se imaginaria, não é um livro-catástrofe. A descrição do acidente envolve apenas quatro páginas. O que se segue é uma envolvente investigação sobre suas causas, realizada pela fictícia companhia Norton, uma das quatro grandes construtoras de aviões do mundo (além da McDonell Douglas, Boeing e o consórcio Airbus).

Num ritmo de tensão constante, o leitor acompanha o trabalho de Katherine Casey Singleton, vice-presidente do Controle de Qualidade da Equipe de Revisão de Acidentes, que tem que lidar com o jogo de interesses, envolvendo uma valiosa venda para a China, sabotagens e a pressão da mídia. Os indícios iniciais apontam que a causa do acidente seria uma extensão não comandada do slats - parte da asa que, quando estendida, lhe dá uma curvatura maior para manter a sustentação nos pousos e decolagens. A Norton já havia tido problemas com os slats no passado, corrigidos pela engenharia e repassados ís companhias por diretivas de aeronavegabilidade.

Crichton, que já tinha se envolvido em temas científicos complexos como a genética, em Parque dos dinossauros, há muito tempo tinha vontade de escrever sobre o mundo da construção de aeronaves, dada a sua complexidade. "Um carro tem cinco mil peças, muito diferente de um avião. O avião de grande porte tem um milhão de peças e um tempo previsto de construção de setenta e cinco dias. Nenhum outro produto manufaturado tem a complexidade de uma aeronave comercial. Nada chega perto e nada é construído para durar tanto".

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